Fazendo uma busca rápida na internet, podemos encontrar o significado de cada uma dessas palavras. Por exemplo, a definição de Conselho: opinião, ensino ou aviso quanto ao que cabe fazer; opinião, parecer, bom senso; sabedoria; prudência. E a definição de Julgamento: ato pelo qual a autoridade judicante, após examinar os autos do processo e formar sobre ele um juízo, expõe e justifica sua decisão para a solução do conflito. A sentença de um juiz ou tribunal; decisão resultante de uma disputa judicial. 

Os seres humanos sempre tomaram com propriedade a ação dessas duas palavras, sem se preocupar com o poder dessas ações. Todos os dias, naturalmente, buscamos conselhos, damos conselhos, julgamos, ou somos julgados, mas, sem se preocupar com as consequências dessas ações. Se imaginássemos uma balança da justiça e colocássemos o conselho de um lado e o julgamento do outro, será que ambos teriam o mesmo peso? Os provérbios de Salomão nos ensinam que devemos ouvir o conselho, receber a correção, para que no fim sejamos sábios. Embora, não enfatizando o julgamento, devemos pensar que um conselho que nos ajuda a corrigir algo, veio com ato julgável, onde devemos então recebê-lo com sabedoria. 
 
Pense, todos nós achamos que estamos preparados para aconselhar ou para julgar. Às vezes até nos preparamos para isso, logo, dificilmente nos preparamos para o contrário, que é ouvir. 
O jovem, nos dias de hoje, anda sobre uma via de militância que afeta no seu pensamento de julgar o certo e o errado, e para nós cristãos, o que vem do alto, fechando então seus ouvidos para os bons conselhos, que algumas vezes, não precisa ter uma ação espiritual.  

Então, se abra nesse momento para ler sobre conselho e julgamento, e veja que as ações que refletem essas duas palavras estão além do que é costumeiro entre as sociedades, que temos o dever de ouvir conselhos e de julgar, que devemos usar ambos com muita sabedoria e sem maldade. 

No início desse artigo, começamos falando sobre o significado dessas duas palavras, mas também falamos sobre o que o Eterno diz sobre conselho, através de Provérbios 19:20. Dando continuidade ao que podemos falar sobre conselho, todos nós, em algum momento, sempre vamos precisar de um, onde algumas vezes estamos preparados para ouvi-lo, mas outras vezes não. Também temos de nos preocupar acerca de onde vamos buscar esses aconselhamentos, pois, qualquer um pode dar um conselho, mas nem todos estamos preparados para dar um com sabedoria. Como cristãos prudentes, procuramos conselhos que sejam baseados na nossa fé. Naturalmente, vamos até os Pastores e Anciãos da Igreja, pois temos o entendimento que: na experiência habita os melhores conselhos. 

Mas, com toda a espiritualidade buscada, devemos ter cuidado com os conselhos que recebemos. Obviamente, também onde os buscamos, porquanto, dependendo da área no qual nós precisamos ser aconselhados, o contexto da sua vivência deve ser observado, e claro, se isso fortalece ou enfraquece a sua fé. Precisamos ver se esse conselho está de acordo com a palavra de Deus, e se ele se aplica na sua vivência. Saiba que, se seguir um conselho que vai contra a nossa fé ou que vá contra a sua realidade de vida, naturalmente não será bem sucedido. Devemos nos manter atentos, pois pessoas boas e espiritualizadas podem acabar dando um conselho que não funcione para você, por não conhecer o contexto da sua vida. 

Então, se vamos dar ou receber conselhos, devemos nos preparar, pedir sabedoria a Deus ao receber e ao distribuir conselhos, pois a reação vinda após o aconselhamento pode trazer consequências boas, maravilhosas, e também ruins. Então busque um relacionamento com Deus, com a doutrina, para que possa usufruir da boa ação que um bom conselho pode te proporcionar.  

No evangelho de João, capítulo 7 e verso 24, encontramos a seguinte palavra: “Não julgueis segundo a aparência, mas julgai segunda a reta justiça.” É muito fácil julgar pela aparência, aquilo que está diante dos seus olhos. Mas será que aquilo que enxergamos nas pessoas é, de fato, como elas são?  
Temos a tendência em especular a respeito de algo ou alguém, apenas por sua aparência. Você sabia que quando julgamos o outro (apontando seus erros) estamos projetando nele nossos próprios erros? Erros esses, que não sabemos lidar? É isso mesmo. Isso acontece de maneira inconsciente. Por isso, você não percebe essa ação. Apesar de ser comum, o ato de julgar o outro, ou até mesmo a si, não é saudável, pois, na maioria das vezes, os julgamentos são feitos para apontar os comportamentos negativos do outro. 

Quando a palavra nos diz “Não julgueis segundo a aparência, mas julgai segundo a reta justiça”, temos que ter o entendimento de que, ao julgar alguém, estamos impactando a vida dessa pessoa, seja de uma forma boa, ou ruim.  Você pode influenciar a personalidade, a maneira de enxergar a vida, a forma como essa pessoa lida com as situações que irão aparecer durante toda sua vida. Então, tenha prudência ao explanar seu julgamento acerca do outro. 

Ao julgar o próximo, devemos ter a consciência de que somos pecadores e imperfeitos, portanto, não somos melhores do que ninguém. Em Mateus 7: 1-5 diz, "Não julguem, para que vocês não sejam julgados. Pois da mesma forma que julgarem, vocês serão julgados; e a medida que usarem, também será usada para medir vocês. "Por que você repara no cisco que está no olho do seu irmão e não se dá conta da viga que está em seu próprio olho? Como você pode dizer ao seu irmão: 'Deixe-me tirar o cisco do seu olho', quando há uma viga no seu? Hipócrita, tire primeiro a viga do seu olho, e então você verá claramente para tirar o cisco do olho do seu irmão.” De fato, é sempre mais fácil apontar o erro do outro e justificar o seu, mas não foi para isso que fomos chamados, não é mesmo?  

Também devemos ressaltar a importância de ouvir e acolher o outro. Por que você está falando isso? Por que, quando paramos para ouvir o outro, percebemos o que de fato ele está querendo nos dizer. Às vezes, o menino calado da igreja que tem dificuldade em se relacionar com os outros jovens, está passando por um momento difícil em casa, e não sabe como pedir ajuda, ou teve uma infância solitária, sem a interação com outras crianças.  O pai de família anda cabisbaixo por não estar conseguindo serviço. A irmã não consegue ir até a igreja por estar deprimida. A jovem anda ansiosa por não saber se conseguiu entrar na faculdade que tanto sonhou. Esses exemplos são apenas uma ilustração de situações que podem acontecer com qualquer um de nós. Não estamos ilesos ao julgamento alheio, e muito menos de julgarmos.  

 Que possamos ter discernimento quando fizermos tal ação, pois, muitas vezes, não sabemos as lutas que nossos irmãos têm enfrentado.  

Por: Jhonata Sousa e Amanda Sousa 

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